Grata
Desde 2008 eu faço blogs e escrevo textinhos na folha de trás do caderno. Mando cartinhas por correio. Deixo mensagens no whatsapp em dias aleatórios. Coloco bilhetinhos na árvore de natal. Escrevo em bloquinhos alheios.
Eu gosto disso, sabe? Gosto de escrever para os outros ou sobre os outros. Gosto de escrever sobre mim, também. Me ajuda a me conhecer e me faz desconhecer quem sou se leio o mesmo textos alguns anos depois. Escrever me desconstrói.
Mas então, acontece um episódio quase que inédito.
Escrevem para mim. Sobre mim.
E eu tremi.
Mas, o que? É isso que a pessoa sente?
É assim quando você sabe que alguém pensou em você a ponto de escrever sobre aquele sentimento, sobre aquele momento.
É assim se sentir especial, por saber que aquela pessoinha parou o que estava fazendo para dizer ou agradecer por você existir? Tem alguém que se importa a esse ponto, é isso mesmo, produção?
Foi tão inesperado que chorei, feito boba. E sorri feito boba. E estou escrevendo feito uma.
Escrevendo sobre o dia que escreveram para mim.
Agora eu entendo o porquê das pessoas me agradeceram, ou ficarem sentidas com algum texto meu.
Talvez um dos melhores momentos da vida é quando você não tem motivos mais para nada, e alguém te mostra que o melhor e maior motivo para seguir em frente é você. E melhor ainda quando aquela pessoa consegue passar a forma que te vê por palavras. E você as acolhe como se fossem suas, porque são.
Sabe aquela lenda que palavras machucam?
Há outra que diz poderem abraçar.
Por isso eu escrevo quando sinto saudades, ou quando choro, ou quando não sei o que escrever. Para me sentir abraçada. E mais do que isso, quando escreveram para mim, me senti intensamente amada. E grata.
Oi Maria Eduarda! É tão bom quando somos lembrados, ainda mais se foi através de uma carta, ou uma simples mensagem ... o fato é que alguém pensou em nós :)
ResponderExcluirBeijos,
Pri
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