Sobre desacreditar


Era uma vez uma menina.
E ela se apaixonou. E se desapaixonou. E ela amou e desamou. E ela se confundiu e se desconfundiu. E ela machucou e foi machucada. E ela se apaixonou. E ela amou.

E ela foi feliz como nunca achou que pudesse ser um dia. E ela planejou um futuro e se doou por inteira e confiou. Ela se jogou de braços abertos e confiou. E recebeu confiança em troca. E ela foi amada, foi cuidada. E ela cuidou de uma forma tão dela, que achou que nunca iria perder o controle. E perdeu. E ela escreveu, ouviu, falou, cantou, chorou e viveu o seu conto de fadas. E de novo, ela se apaixonou. Se apaixonava todos os dias pela mesma pessoa. E ela tinha certeza. E então, fez uma loucura. Entregou o seu coração há alguém que prometeu nunca magoá-la.

E foi magoada.
E foi ferida.

E ela não se desapaixonou. E ela não desamou.
Mas ela desacreditou e agora, seu maior desafio é acordar todos os dias sem ter a certeza que um dia essa dor será amenizada.

E ela chorou.


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