Sobre não passar no vestibular

Ah, é. Não passei. Gostaria muito de fazer um post com o título "Sobre passar no vestibular", mas não deu. Desculpem.

Eu sempre fui uma pessoa muito indecisa, e com o curso que eu queria fazer não seria diferente. Quando eu era pequena, queria ser cantora. Na verdade, quero até hoje. Depois de muito as pessoas dizerem de forma nada delicada que minha voz não era bonita, resolvi ser dançarina. Nada feito. Aí decidi ser advogada. Por um bom tempo fiquei com essa ideia na cabeça, até descobri realmente o que essa profissão faz. É muita responsabilidade, os livros me assustaram. Passei para psicologia. Tá, até hoje não sei porque não continuei com essa ideia. Já quis administração também, claro. Mas aí percebi que minha área era a de comunicação. Então passei de escritora, para jornalista, para finalmente publicitária. Ainda tentei gostar de engenharia, para ver um sorriso enorme no rosto do meu pai, mas não deu mesmo. Minha paixão, paixão mesmo, é fotografia e publicidade foi uma boa escolha, por mais que o mercado por aqui não seja lá essas coisas, mas tem aquela história, quando se faz com amor...

Até a oitava série, fui uma ótima aluna. No primeiro ano, passei para boa. No segundo, continuei boa. E no terceiro...razoável. Estudei. Estudei muito, mas não o suficiente. Deveria ter me esforçado mais, com certeza. Chorei muito. Meu Deus, nunca achei que o terceiro ano foi uma série tão estressante e complicada. Só de lembrar da quantidade de assunto, provas, preocupações de uma vez só, me dá dor de cabeça. 

Hoje, vi o resultado e bom, achei que teria uma reação totalmente diferente. Achei que fosse berrar, chorar, quebrar tudo. Mas fiquei tranquila. Triste, claro, mas tranquila. Não sei o porquê disso. Sinceramente? Eu só queria ter passado para poder mostrar aos meus pais que eu também sou capaz, mas eles devem saber disso, eles confiam em mim e por isso que vou tentar mais uma vez esse ano. Eu poderia pagar uma universidade, mas não quero. É questão de honra, de sonho. Na primeira vez que entrei na federal, eu pensei: Eu preciso estudar aqui. 

Graças a Deus, tenho um namorado muito inteligente e que está me dando um orgulho imenso! E tenho amigos realizando o primeiro de muitos dos seus sonhos. E para ninguém dizer que não passei em alguma coisa, passei em estatística na Paraíba, mas não vou cursar. E é isso. É feito carnaval, tem todo ano. E agora eu digo a mim mesma o que todos disseram o ano inteiro: não é o fim do mundo.

Maria Eduarda está muito feliz por todos que conseguiram entrar na federal.

Post feito por: Maria Eduarda Cazé


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