Check in

Conhecer alguém. Feito.
Se apaixonar por esse alguém. Feito.
Amar de todas as formas possíveis e imagináveis. Feito.
Quebrar a cara. Quebrar o coração. Quebrar tudo que você demorou quase 3 anos para construir. Feito.
Enterrar o amor próprio. Feito.
Se rebaixar  à níveis que você não sabia nem que existia.Feito.
Ter recaídas. Feito.
Conhecer pessoas incríveis e afastar elas de você. Feito.
Se sentir um lixo. Feito.

E eu fico me perguntando como eu consigo fazer uma sequência tão grande de besteiras num espaço de tempo tão curto. Depois eu procuro um buraco onde eu possa esconder não só a cara, mas o resto do corpo inteiro. E morar por ali mesmo. Eu não achei que fosse tão complicado deixar o passado no lugar dele. Mas talvez o defeito esteja em mim. Sempre fui nostálgica. Sempre fui esquecida e por isso, gosto tanto de registrar tudo em fotos. O problema é que nas fotos, eu vou me lembrar dos momentos bons, dos motivos que trouxeram aquele sorriso. E eu sei que tudo se pode manipular, quanto mais uma fotografia. Uns efeitos aqui, um contraste ali, uma imposição acolá. Temos a foto perfeita para um porta retrato de R$1,99.

Tem pessoas que aprendem com os erros dos outros. Admiro demais quem consegue essa proeza. Tem pessoas que tentam, caem e aprendem com os seus próprios erros. E tem pessoas como eu, que tentam, caem, quebram o braço, são atropelados, tentam de novo, e precisam entrar na merda de cabeça para entender que não dá mais. Cara, como machuca ser assim. Por tanta gente eu já me doei, por tanta gente eu já me doí. E não sei se é, mas parece regra.

Mas sempre tem aquela hora que a gente tem que mudar, nem que seja a cor do cabelo, ou do esmalte da unha. Sempre tem aquela hora que a gente diz que foi a última vez e que você nunca mais fará papel de idiota. E a gente sabe que essa última vez vai durar duas semanas, ou três meses, ou 5 anos. Mas nunca é a última vez. Daí que a gente aproveita esse tempo pra mudar algumas verdades, rever alguns conceitos e tentar recuperar o amor próprio que nós mesmos jogamos no lixo. Mudar não tem problema. Dizer "não", é maravilhoso. Ter certeza sobre o que sentir, é incrível. E não acho que reviver aquela caixa todos os meses te fará algum bem ou me fará algum bem. Ter raiva também só piora tudo, ok? A questão é aprender a se amar, aprender a se aceitar, aprender que cada um tem seu tempo e aprender a se perdoar. Porque muito pior do que perdoar a besteira do outro, é perdoar a si próprio. É como se a gente nunca fosse sincero do nosso próprio perdão. Mas aí entra a nossa querida confiança. Confiar que somos capazes de sermos bons ao próximo e a nós mesmos. Ah, e claro! Entender que temos limites. E nós podemos até chegar perto, bem perto, olhar para baixo, sentir a angústia de se ver caindo, mas passar daquela barreira não é nada saudável.


O que aprendemos hoje? Fazer um check in de tudo de errado na sua vida, olhar para eles, dizer “hm, legal” e recomeçar. “Mas eu já recomecei semana passada.” Meu bem, eu recomecei a uma hora atrás e já quero mudar tudo de novo.

Comentários

  1. Nossa moça você e muito boa com as palavras adorei!
    Uma ótima semana e fique com deus!
    Viu moça tem post novo lá no blog se der da uma passada!!
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